Vinte e Alguma Coisa

Amor não é a resposta, trabalho também não é.... A verdade é tão incompreensível que dói... Mas eu continuo me divertindo e acho que essa é a chave.. Tenho vinte e poucos e continuarei sendo a mesma coisa....

sobre conversas com mulheres

2 comentários


Foi em um episódio de Friends que me deparei com a situação pela primeira vez: um grupinho de amigas  se cumprimentando com pulinhos e gritinhos. Pânico! Como assim? Para que aquilo tudo, um abraço, um "senti saudades" seria suficiente, não? Aparentemente não, era necessário gritar e pular para demonstrar a empolgação do encontro.

Claro que percebi que não me adaptava. Minha primeira reação foi vergonha. Vergonha? Sim, senhores e senhoras  Vergonha das outras pessoas que estariam ao redor assistindo aquela cena que a meu ver era mais do que cômica. Depois veio a certeza de que eu não daria os pulinhos de empolgação e muito menos gritaria estericamente como elas.

Depois desta cena, comecei a presenciar outras que sempre acabavam com a mesma conclusão: "Gente, eu não dou conta de reagir assim!" E aí começou o problema: estou quase sempre fora das rodinhas das conversas femininas. Claro que há o aspecto vergonha de chegar lá no meio e dissecar fatos do meu cotidiano e tudo mais, só que o que mais me impede de participar é:Não tenho a menor paciência para a maioria dos assuntos tratados.

Bom, lendo assim parece cruel. Mas é mais ou menos isso mesmo. Não entendo como um simples elogio a um prato do almoço chega ao cardápio de casamento de uma das presentes. Aliás, qualquer assunto leva ao casamento, mas isso é outra história...Aí, qualquer coisa com mais de três mulheres presentes eu tento escapar. Esse escape nunca foi um problema já que eu sou uma no meio de muitos, fiz computação, trabalho com sete homens e, minha turma de inglês, onde tenho a chance de conviver com mais mulheres, quase nuca tem tempo para conversar.

"Então você está livre para continuar escapando" - Pensará você que lê este texto. Ledo engano! Não sei se já comentei por aqui, mas meu supervisor imediato é uma mulher. Até aí tudo bem, uma é totalmente suportável. Daí que por uma promoção, ela está virando uma das diretoras da empresa e claro, alguém teria que substituí-la. Quem? Outra mulher.

"Duas você já disse que são suportáveis. Seu problema é quando juntam três." - Conclui você leitor.  E é claro, se engana mais uma vez induzido por mim: a nova vale por umas três.  OU talvez as duas juntas sejam equivalentes a uma turma. E meu pesadelo está de volta: dia desses, por exemplo, fiquei fazendo cara de interessada em uma bela discussão sobre a fivela dourada da minha sapatilha. E claro, entrei muda e permaneci calada.    

Tem uma trava na minha cabeça que não me deixa ficar interessada na conversa e esta mesma trava me impede de desenvolver conversas com mulheres e acabo levando a fama de esnobe. Ruim ne?

E agora? Como destruir esta trava e conversar animadamente sobre meus brincos novos?

2 comentários :

waterfall disse...

E eu que continuo a achar fascinante o "mundo" misterioso das conversas femininas. E não estou a ser irónico. É mesmo verdade. :)

Maíra disse...

Waterfall,

é realmente misterioso, mas ainda não consigo ser fascinada. Me ensina?