Aquilo que não funcionou
Ainda não sabe se concorda ou não com todos que lhe dizem:
"Você se precipitou.", mas não consegui seguir dando aulas.
O que aconteceu? Primeiro foi o choque de chegar lá e não
possuir nenhum material de apoio. Nada de pincel, nada de datashow, nada de
laboratório. Em seguida veio o fato de que seus 8 alunos pareciam seres mudos
olhando para o relógio a cada dois minutos. Para fechar o desespero, conseguiu
falar todos os 50 minutos planejados em apenas 20. Os outros trinta foram de um
silêncio desconcertante. Fora eles, houve o fato de que sua voz não parou de
tremer por dois dias depois e que todo seu corpo doía. E olha que ela nem levou
em consideração o fato de ter perdido o ponto de ônibus na volta para casa e
ter descido bem longe.
O desnorteio foi seu companheiros por longos dias, a dor no
corpo também, e como suas decisões costumam serem tomadas em terças feira à tarde,
esta veio assim também. Começou a pensar em qual seria o sentido de expor um
conteúdo sofre informática sem utilizar um laboratório e não achou resposta.
Levou em consideração que aquele nervosismo não seria compensado por salários
ou por experiência. Teria que assumir que não daria conta daquela missão e
tirar o time de campo.
Com a decisão tomada comunicou aos superiores: não voltaria
mais. Não houve reação do outro lado. Nem ao menos uma pergunta sobre o motivo.
Sentiu como se esperasse pela decisão dela, como se já planejasse isso. Culpa
dela. Ela sempre fora transparente...
E assim, segue, não mais professora.
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2 comentários :
Claro, se não tem jeito, não vale a pena forçar.
As pessoas fortes são aquelas que tem energia para procurar e encontrar a sua a sua zona de conforto e a sua felicidade..
Um beijo
E assim sigo buscando, Waterfall.
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