Vinte e Alguma Coisa

Amor não é a resposta, trabalho também não é.... A verdade é tão incompreensível que dói... Mas eu continuo me divertindo e acho que essa é a chave.. Tenho vinte e poucos e continuarei sendo a mesma coisa....

Saga de Concurseira - Visão 1

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Bring back the air I need to breathe

Ainda sobre o assunto concursos ela decidiu que já tem algumas lições aprendidas para compartilhar. Não que ela seja lá uma autoridade do assunto – longe dela estar nesta posição - mas já sente que consegue engatinhar ainda que arrastando cadeiras pelo assunto. Assim, resolveu escrever o primeiro capítulo de sua saga de concurseira.

Tudo começou como começa com a maioria das pessoas, um belo dia lendo notícias da internet ela se deparou com uma daquelas notícias de divulgação de edital. Salário super atrativo e para trabalhar metade do tempo que ela trabalhava. Sabe aquela vontade que dá de ter aquilo? Então, ela sentiu.

O pontapé inicial para os estudos não alcançou o gol. Ela estava terminando a faculdade, tinha uma vaga noção de todos aqueles pdfs que usou durante o tempo (perdido?) nas cadeiras escolares e acabou optando por fazer uma leitura de todos eles. Afinal, eles eram (e ainda são) a principal referência pedida em editais...
Só com essa introdução, já o motivo do chute ter ido pela linha de fundo. Pensem no desânimo da pessoa ao abrir um indigesto livro do famoso Tanenbaum e começar a ler aquele assunto interessantíssimo que até das aulas ela fugia. Fora isso, a empresa em que trabalhava não cooperava para o sucesso dos seus estudos, era raro dia em que não ficar por lá até umas 19 horas.  E aí o jeito foi assistir o tiro de meda do goleiro. E assim, o jogo seguiu morno, dias lia, dias não lia, dias começava a estudar Direito e não entendia nada...  

Não existia nenhum tipo de pressão para atingir um cargo público e apesar da correria, o trabalho lhe preenchia.Em um agosto desses, veio o fantasma do desemprego... Não foi ele o catalizador para o caso, no calor desse momento essa não era uma opção. A ideia nessa época era procurar uma nova carreira. Algumas pesquisas (e muitas entrevistas frustrantes) depois, a opção voltou a ser uma atração para ela: lhe manteria ocupada e lhe traria a solução para o problema financeiro.

Daí voltou para os estudos. Dessa vez não tentou ler nenhuma bíblia computacional, concentrou nas matérias básicas, tratou de arrumar um cursinho e pensou que estava fazendo tudo direito. Mas nem tudo são flores. A primeira prova veio, a nota não foi lá grandes coisas. Até que foi aprovada, mas não classificada e teve um fulgor alegre e triste que durou 2 dias.

Motivada pela tristeza, acabou intensificando mais o ritmo de estudos: assistia aulas durante todo o dia. Parou de fazer tudo que já andava meio abandonado, não assistia mais filmes, não abriu nenhum livro de literatura, deixou de sair...Achou que estaria em ótima forma para a segunda prova. E até esteve, tudo estava bem, até que encontrou uma série de questões sobre a qual se lembrava pouquíssimas coisas... Resultado: o gol também não veio dessa vez.

E ela manteve o ritmo apertado, puxado, estudando e só estudando, até que 3 dias antes da terceira prova, sentiu que nada ia bem. Aparentemente seu cérebro não está retendo quase nada do conteúdo que é exposto nas aulas que assiste. Começou a desanimar com os estudos, a ansiar um tempo livre...
Hoje foi a terceira prova, ela já tem consciência de que não teve um bom rendimento e de que precisa muito mudar a forma como tem estudado... Precisa ter mais espaço para outras coisas e um pouco menos de espaço para os estudos... Precisa encontrar uma forma de equilibrar as coisas... Mas precisa mesmo é arrumar motivação para continuar!


E assim a saga segue...

Like a drop of rain

Gotta find a way