Vinte e Alguma Coisa

Amor não é a resposta, trabalho também não é.... A verdade é tão incompreensível que dói... Mas eu continuo me divertindo e acho que essa é a chave.. Tenho vinte e poucos e continuarei sendo a mesma coisa....

O Natal em 3 Partes - Parte I

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Sexta-feira, 5 da tarde. A chuva desaba. Ajeita a mala de fim-de-semana nos ombros, abre a sombrinha e sai. Com passos curtos ganha a esquina. O garoto de olhos azuis a espera, rouba-lhe um beijo, guarda a sombrinha, retira a bolsa da mala, que agora está nos ombros do garoto de olhos azuis, e abraçada à ele, segue.
O centro está um caos: véspera de Natal, chuva, pessoas desesperadas, presentes, trânsito.
Com as calças molhadas até os joelhos, os sapatos pesados, chegam à rodoviária. O mau-humor é notável: ambos estão com rosto fechado, movimentam-se rapidamente, evitam contado com as malas no caminho.
Suco e pasteis. A lanchonete, que em outras épocas é destino certo para ver as horas passar, desta vez não os atrai. Só conseguem o lance depois de resistirem bravamente em uma pequenina fila Não há espaço pra conversas, caricias ou qualquer vestígio de humanidade.
Descem as escadas. Novas filas...
Dessa vez, há espaço para conversas. Falam da vida, da faculdade, reclamam juntos do trabalho, e o tempo vai passando...ônibus chega. Ela embarca. Ele sobe as escadas...
Trânsito afogado. O ar condicionado a faz desejar um cobertor. O barulho das pessoas a incomoda. O volume do mp4 não sobe mais, a Norah não consegue se sobrepor. A viagem segue arrastada e gelada.
Ao chegar em seu destino já está acompanhada novamente. Através do ptimeiro espirro, já sabe que passará o feriado de molho. Com pequenos chingamentos em mente, roda a chave no portão. O abraço da mãe e da irmã, a faz pensar que o fim de semana não será tão ruim assim!

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