Domingo, duas da tarde, campainha soa, procuro as chaves, sempre mal-dizendo minha falta de organização para guardar os objetos, encontro cartões telefonicos antigos: fotos de flores, não consigo ver o nome da foto, muito menos o nome do artista. Outro toque da campanhia, novos chingamentos são distribuídos. Na outra gaveta, encontro um poster de uma banda que fui fã na adolescencia, clips, folhas rascunhadas e chaves. Sim! Chaves, mas... Não, não as chaves procuradas. Chaves da casa onde morei naquela cidade distante. Lembranças fazem fila para invadir minha mente, só que logo são dissolvidas por um novo ruído agudo. Outra gaveta, dessa vez mais vazia: duas folhas escritas com uma letra que não são minhas. Grafia arrendodada, traços apertados, escrita firme. Coloco as folhas na mesa, mais um sinal. Meus tímpanos reclamam: quem será o possuiror de tamanho desespero que precise tanto falar comigo, que mesmo após quatro toques não desistiu? Novo toque. Mudo o local de busca, só de entrar no quarto, avisto a fadinha na estante.
Chave na fechadura, giros, portão aberto. O sol, ainda que fraco, atrapalha minha visão: não consigo conteplar o par de olhos. Preciso remover o par de óculos escuros. Caminho em direção ao quarto, segurando o dono dos olhos pelas mãos. A essa altura, os óculos já foram colocados na mesinha, ao lado das folhas: a letra e os óculos, dois objetos para retratar a mesma pessoa.
Beijos, saliva, suor, corpos, cheiros, saliva, apertos, beijos. Saudades?! - questiona aquele olhar displicente. Eu?! De você???? Jamais?!- respondem meu par de olhos condescendetes. Minhas mão são encaixadas nas suas, e um sorriso surge através daquele par de olhos azuis.
O que aconteceu com o resto do domingo? Não sei, ainda estou tentando não me afogar naqueles olhos.
Chave na fechadura, giros, portão aberto. O sol, ainda que fraco, atrapalha minha visão: não consigo conteplar o par de olhos. Preciso remover o par de óculos escuros. Caminho em direção ao quarto, segurando o dono dos olhos pelas mãos. A essa altura, os óculos já foram colocados na mesinha, ao lado das folhas: a letra e os óculos, dois objetos para retratar a mesma pessoa.
Beijos, saliva, suor, corpos, cheiros, saliva, apertos, beijos. Saudades?! - questiona aquele olhar displicente. Eu?! De você???? Jamais?!- respondem meu par de olhos condescendetes. Minhas mão são encaixadas nas suas, e um sorriso surge através daquele par de olhos azuis.
O que aconteceu com o resto do domingo? Não sei, ainda estou tentando não me afogar naqueles olhos.
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Um comentário :
Que bom domingo, ulá lá... beijoss
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